'Festival de Rifkin', a caminhada de Woody Allen por San Sebastian

Anonim

Festival de Rifkin

Woody, Louis Garrel e Shawn em La Concha.

UMA Woody Allen ele gosta mais de ficção do que de realidade. A realidade sempre lhe pareceu terrível. E talvez por isso, aos 85 anos e apesar da nuvem negra que paira sobre ele, continua a rodar um filme por ano. Fantasia é um lugar muito melhor para se esconder e no qual expressar suas perguntas e respostas existenciais, exagerar suas qualidades pessoais interpretadas por ele ou por outros atores e em que despeje toda a sua nostalgia se não por um tempo melhor, pelo menos por um cinema melhor.

Tudo isso está resumido na sua (caneta) última pergunta, Festival de Rifkin. Um desses poucos casos em que ele deixou sua cidade, Nova York. Doze anos depois de Vicky Cristina Barcelona, Woody voltou à Espanha, para filmar com uma equipe praticamente espanhola (todos os chefes de equipe repetem, exceto o diretor de fotografia, porque agora ele trabalha com o lendário Vittorio Storaro) e sei foi para San Sebastian no verão passado, durante sete semanas (enquanto durarem suas filmagens), para colocar em imagens um roteiro que é um passeio pela cidade e um passeio pelo cinema dos grandes mestres europeus: Bergman, Fellini, Buñuel, Truffaut…

Festival de Rifkin Woody Allen

Vittorio Storaro e Woody trazendo luz ao País Basco.

o Festa de São Sebastião é o quadro do filme. Embora seu protagonista Mort Rifkin como Wallace Shawn Ele reclama no início que as festas de hoje não são mais o que eram, e de fato durante seus dias na cidade, acompanhando sua esposa, ele só entra para ver um filme antigo –No final da escapada– e Ele passa seu tempo vagando pela capital de Gipuzkoa, cantos e lugares que Woody Allen não definiu em seu roteiro com seu nome e sobrenome, mas descreveu espaços que a equipe de produção e os locais tiveram que rastrear.

“Apresentamos a ele quatro opções de cada lugar e quando ele veio a San Sebastián fizemos um tour para decidir todas elas e manter uma e um plano B”, conta. Bernat Elias, gerente de produção que já trabalhou com o diretor de Manhattan em Vicky Cristina Barcelona. E como então, diz Elias, Woody Allen não pretende filmar “uma cidade-postal”. “São lugares que ele gosta, que se encaixam na história, não são cartões postais, são espaços lindos. Ele não pretende redescobrir a cidade e ainda é sua percepção de um lugar que ele vê como alguém de fora”, diz.**** “Ele não se importa se são turísticos ou muito visitados desde que acrescentem para a história”.*** *

Festival de Rifkin

Wallace e Louis no Museu San Telmo.

Mort revirando na cabeça a crise conjugal que o aflige e pela qual viajou até lá tentando manter um vínculo já irreal (Gina Gerson interpreta sua esposa e está mais interessado em um jovem diretor, interpretado por Luís Garrel). Pense também nas grandes questões, as verdadeiramente importantes: “Isso é tudo o que existe ou há mais alguma coisa?” Um vazio existencial oprime seu coração até encontrar Dra. Rojas (Elena Anaya), seu guia turístico e espiritual.

Falando de amor, cinema, vida e outono em Nova York e Paris na chuva, os dois andam pelas ruas da cidade, A concha para o kursaal, ir através Café Botânica. Eles fazem uma viagem para Ingressos e seu mercado de antiguidades, faça um piquenique em Hernani.

Festival de Rifkin Woody Allen

Elena Anaya e Wallace Shawn.

Ele visita os lugares mais ligados ao Festival de San Sebastian junto com sua esposa e também com Louis Garrel: o Kursaal, local do concurso, o Teatro Victoria Eugenia, o Hotel Maria Cristina, centro nervoso não oficial (onde as entrevistas acontecem, as estrelas ficam), o Museu San Telmo, onde a festa de abertura ou o Altxerri, para as bebidas depois. E aqueles almoços e jantares chiques, em Miradouro Ulía, neste caso, com as melhores vistas.

Festival de Rifkin

O inconfundível terraço da María Cristina.

E, finalmente, Mort tem tempo sozinho para continuar andando, sem rumo. Passa por Livraria Donosti, imperdível na cidade. E em seus sonhos em preto e branco, tentando encontrar respostas vitais nas grandes obras-primas do cinema, ele transforma lugares de São Sebastião em cenários de cinema: como os salões de o Provincial posando como a mansão do Anjo Exterminador; Palácio Miramar como Cidadão Kane; qualquer Zumaia como a praia em The Last Seal com Christopher Waltz como a morte que vem lhe dar bons conselhos: Claro que a vida está vazia, mas você tem que preenchê-la. Obrigado, Woody, continuaremos a enchê-lo de cinema. Bom cinema.

Festival de Rifkin Woody Allen

Woody, Gina Gershon e Wallace Shawn no Maria Cristina.

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