O Festival Asalto volta a encher as ruas de Saragoça com arte urbana

Anonim

Assalto

Obra da francesa Amandine Urruty

"Porque eu sonho, não sou louco", disse a frase do mural que Boa Mistura deixou na Plaza del Pilar em Saragoça durante a Festival de assalto realizada em 2012.

Quatro anos depois, as obras de um prédio próximo Eles foram forçados a derrubá-lo. No dia da sua demolição, muitos zaragozanos foram lá para levar um pedacinho do mural para nossas casas.

Este mês, Treze anos se passaram desde o primeiro 'Assault' nas ruas de Saragoça. Um festival que nasceu com a vocação de ser uma exposição de arte urbana e que hoje se tornou um dos encontros anuais mais esperados.

Boa Mistura

"Porque sonho, não sou louca" (Boa Mistura)

Artistas nacionais e internacionais Todos os anos chegam amanhã à capital, cujas paredes servirão de tela para mostrar toda a sua criatividade.

As obras murais serão realizadas no bairro Oliver de 8 a 16 de setembro, período durante o qual se pode apreciar o trabalho e a evolução do mesmo.

"No entanto, todo o atividade aberta ao público –oficinas, palestras, concertos, exposições, visitas guiadas– foram condensadas em último fim de semana, de sexta-feira 14 a domingo 16 de setembro”, eles explicam.

Mantra

Mantra

ARTE COM EFEITOS COLATERAIS EXTRAORDINÁRIOS

“O festival evoluiu naturalmente. Nas primeiras edições, a intenção era criar um evento para mostrar a vanguarda da arte urbana na cidade”, contam ao Traveler.es do festival.

"Para conseguir esta costumávamos procurar espaços ligeiramente deteriorados ou esquecidos pois isso facilitou a gestão dos alvarás”, lembram.

Com o passar das edições, perceberam que a transformação desses espaços gradientes através de uma camada de tinta desencadeou 'efeitos colaterais' muito benéficos para o meio ambiente (limpeza dos acessos, maior sensação de segurança em zonas conflituosas, empoderamento e sentido de pertença ao bairro, aumento da sensibilidade artística...) .

Borondo

As mil faces do artista Borondo

“Nos últimos anos esse processo foi revertido de alguma forma, estamos mais preocupados em quais espaços atuamos e como eles recuperam ou intervêm em vez de procurar constantemente artistas 'top' para montar um cartaz atraente", diz Luis, da equipe de comunicação.

"Dessa forma, nas últimas edições, antes de pensar em quais artistas ou lugares iríamos 'assaltar', trabalhamos levando em consideração as sensibilidades das entidades e associações de bairro”, Luís continua.

O Festival Asalto sempre se baseou no amor e na proximidade entre organizadores, artistas e público. “Tanto que já tivemos casos de vizinhos que pediram ao artista para entrar pela janela e pintar sua sala (Imagine esta cena na altura de um quarto andar)”, relata.

Outras vezes, artistas pararam de pintar para ajudar uma família em mudança a carregar o sofá escada abaixo ou donos de bar trouxeram café enquanto um mural estava sendo pintado às 2 da manhã.

Assalto

Mural do artista francês Zest

OS ARTISTAS

O Festival Asalto 2018 contará com a participação de artistas como ** Animalito Land ** (nome por trás do qual se esconde a argentina Graciela Gonçalves Da Silva), ** Udatxo e Manolo Mesa. **

O madrileno radicado em Cáceres ** Digo Diego , Eime ** (que dá cor às ruas desde os 16 anos), ** o belga Jaune Art ** (especializado em stencil), o português ** Kruella d ' Efner e os ilustradores valencianos Cachete Jack. **

Por fim, as ruas do bairro Oliver serão 'assaltadas' pelo **Enorme Studio** (dirigido por Rocío Pina, Carmelo Rodríguez e David Pérez), **Meio Studio** (criado por Mariana Branco e Emanuel Barreira e especializado em lettering e pintura de letreiros) e ** Pouvelle ** (um estúdio criativo formado por Blanca Font e David Segade e sediado em Allariz, Galiza).

Além disso, o Paradas de bonde de Saragoça Eles serão preenchidos com ilustrações de Mikelodigas, Inés Marco, Coco Escribano, Isa Ibaibarriaga, Laura Izquierdo, Maiki Maik, Jenka Studio e Saúl Irigaray.

NOTÍCIAS DESTE ANO

“Somos um pouco loucos e fazemos com que cada edição seja diferente da anterior –diz Luis entre risos–. Uma das novidades deste ano, mais em termos de conceito do que de programação, é que A Assault vem trabalhando e realizando atividades com o bairro Oliver há vários meses, muitos dos quais darão frutos agora.”

Mas sem dúvida, a maior novidade é que "É um bairro pouco conhecido, queremos transformar os zaragoneses em turistas na sua própria cidade" , eles comentam do Assault.

“Além disso, o Assault Space sediará a programação do fim de semana no Oliver Park e desafiaremos toda a cidade a realizar um piquenique mais legal!”, eles nos dizem

Festival de assalto

Antonyo Marest, o autor do photocall urbano mais famoso de Saragoça

VISITAS GUIADAS

As visitas guiadas são um dos pontos fortes do festival e uma das melhores formas de conheça a história por trás de cada intervenção (o contexto, a técnica, a motivação e inspiração do artista…) .

Nesta edição, serão feitas visitas ao bairro Oliver durante fim de semana de 14, 15 e 16 de setembro, Vão começar no Espaço Assalto (Lagos de Millares s/n) e o preço do bilhete é de 6€ (incluindo uma sacola do festival).

Você pode conferir os horários aqui.

Assalto

Assault Space, onde a mágica acontece

MÚSICA

A arte urbana terá, é claro, sua própria trilha sonora com o apresentações ao vivo de bandas e djs.

Na sexta-feira 14 o Espaço de Assalto receberá Lux Naturans e Chelis dj. No sábado, dia 15, será a vez de Baleia Vermelha e no domingo 16 Sweet Drinkz e Bigott encerrará o festival.

WORKSHOPS, PALESTRA E OBRAS DE ARTE PARA PENDURAR NA SUA CASA!

Entre as atividades programadas estarão oficinas diversas (graffiti, pintura, construção, sinalização, tecnologia aplicada ao espaço...), assim como mesas redondas em que vão convergir artistas e entidades do bairro.

“Além disso, ao longo do fim de semana teremos uma exposição com obras de ilustradores em potes de barro ou no desenho de cartazes feitos em oficinas anteriores em colaboração com a ONG Acción Contra el Hambre”, destaca Luis.

Desta forma, “os participantes poderão levar para casa obras de arte autênticas enquanto ajudam os criadores locais continuar crescendo”, conclui.

Pode consultar o programa completo de atividades aqui.

Festival de assalto

A obra de Agustín Esteso em uma #paradaAsalto

ILUMINANDO A CIDADE COM SPRAY

“O que percebemos, tanto das instituições quanto dos vizinhos e visitantes, é um enorme carinho e apreço pelo evento e pela arte que deixou em todas as suas edições”, comentam da Asalto.

Não há transeunte que não passe pelo **parede criado por Antonyo Marest** na edição do ano passado e não tire uma foto. “Todo mundo ama seus padrões dos anos oitenta, é um photocall urbano”, Luís conta.

Em última análise, o que se trata é transformar gradualmente a cidade e se divertir no processo.

Viva o Festival de Assalto!

Assalto

Uma das obras do Coletivo Cúmul na edição de 2017

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