Ícone do viajante: Panama Jack

Anonim

Ícones viajante Panama Jack

As icônicas botas de napa do Panama Jack.

Eu tinha uns doze anos quando uma das minhas primas de primeiro grau teve uma pequena discussão com a mãe porque ela não queria comprar seus sapatos amarelos. Lembro-me bem porque, na altura, pensei... sapatos amarelos? Sobre o que eles estariam falando? Que coisa estranha!

Bom, os 'sapatos amarelos' a que a minha mãe e a minha tia se referiam eram na verdade sapatos Panama Jack, que viviam um dos seus momentos de esplendor entre os jovens dos anos 90.

As botas icônicas nascidas em 1989 para a alegria e o deleite dos pés maltratados dos alpinistas - entregues a eles por sua resistência à água e sua sola de borracha muito confortável, flexível, resistente e aderente– Eles também conquistaram o visual da garotada que queria ser grunge, combinado com camisas de lenhador, camisetas de bandas pesadas e vestidos floridos.

Ícones viajante Panama Jack

Antiga ilustração da revista Panama Jack for Life.

O criador da empresa, Antonio Vicente, teve seu objetivo claro desde o início: fazer calçados de alta qualidade em sua pequena oficina na cidade de Elche, em Alicante, onde todo o processo de produção foi centralizado desde o início. Seu leitmotiv: a aventura diária como modo de vida. Referências aventureiras sempre estiveram presentes em seus designs e campanhas. No último inverno, por exemplo, a aviação foi a protagonista. Seu próprio nome parece evocar o de um intrépido explorador como Allan Quatermain ou Indiana Jones.

A clássica bota de couro napa vintage sempre foi e continua sendo a rainha mas, há décadas, as oficinas também fabricam calçados esportivos, botins, sapatos, sandálias e botins, todos com espírito semelhante. As emblemáticas botas também são feitas com diferentes peles, forros interiores, rebites, atacadores...

Três décadas de artesanato e aventura

O ano passado Comemorou-se o 30º aniversário da empresa alicante que, além de ostentar produtos 100% fabricados na Espanha, ressalta que duram no tempo. Quem não mantém alguns Panama Jacks maravilhosamente desgastados em seu armário?

Haverá poucas pessoas em Espanha que não se identifiquem com esta marca, que vende em 22 países de todo o mundo, mas a verdade é que mantém sempre um perfil baixo nos meios de comunicação e nas redes. Como se quisesse transmitir ao mundo que um produto como o dele fala por si.

Eles presumem, sim, continuar com os mesmos processos artesanais desde o início. Há alguns anos houve uma breve tentativa de descentralização na Ásia, mas o projeto logo foi adiado, pois Vicente não ficou satisfeito com o resultado.

Ícones viajante Panama Jack

Uma das campanhas da empresa espanhola.

A bota mítica voltou para casa e hoje cada par ainda é feito à mão (e com carinho, dizem-nos): “Temos como alvo pessoas autênticas que procuram diariamente a aventura, quem valoriza o estilo natural e quer se sentir confortável, seja na cidade ou nas montanhas”.

Querem agregar pouco mais da firma, exceto que para eles é prioridade garantir boas condições de trabalho para a equipe e avançar no produção eco-sustentável que apóia a indústria local. Além disso, colaboram com a Fundação Vicente Ferrer, Uno entre cien mil e Un Abrazo de Luz.

Icons Traveler Panama Jack

Panama Jack colaborou com Ruta Quetzal durante anos.

Por outro lado, eles tiveram outras formas para que seu envolvimento no respeito ao meio ambiente fosse gravado na imaginação. Ninguém esquece a sua colaboração com a rota Quetzal - que decorreu entre 1992 e até 2016, ano em que Miguel de la Quadra Salcedo morreu e deixou de ser realizado –, aquele projeto de intercâmbio educacional e cultural que marcou gerações de jovens naqueles magníficas expedições por 20 países que combinaram aventura e história. A bota clássica foi, aliás, um ícone da Ruta Quetzal e de outros projetos como as escavações de Atapuerca.

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