Criptomoeda chega ao setor hoteleiro, pagaríamos com dinheiro digital?

Anonim

Até pouco tempo atrás, as criptomoedas pareciam títulos voláteis para investir para especulação. Mas há mais, e este veio para ficar. Bitcoin, a criptomoeda mais famosa, já está nas 3 principais moedas atrás do dólar e do euro.

Por muito tempo, muitos o viram como um uso muito mais útil do que ir aos bancos tradicionais. As criptomoedas vieram com sua estratégia de reduzir os custos de transação, fornecer informações em tempo real e incentivar o consumidor. Mas eles conseguiram?

Bitcoins aceitos em um café em Delft, na Holanda.

Bitcoins aceitos em um café em Delft, Holanda.

CHEGARAM PARA FICAR

A ascensão das criptomoedas é um fenômeno que nos pegou de surpresa. Ano 2018 marcou um antes e depois no setor hoteleiro e de viagens devido à incursão dessas moedas digitais que, por outro lado, provocaram o nascimento de um novo tipo de consumo e consumidor. Muitas redes hoteleiras começam a trabalhar com esse tipo de dinheiro digital e desde o ano passado algumas agências de viagens como Expedia ou Destinia aceitam este tipo de valor como forma de pagamento de seus pacotes de férias.

Criptomoedas, para que todos entendam o conceito, são moedas digitais que dispensam os serviços de um intermediário (o banco de toda a vida) e que usam um sistema criptografado ou criptografado para garantir a confidencialidade dos dados e das transações realizadas com eles.

Como regra geral, é usado a tecnologia blockchain, que é um banco de dados descentralizado que garante a segurança e o anonimato das transações realizadas na rede. Deste modo, colocar o atual sistema financeiro em cheque colocando uma questão cheia de arestas em nossa sociedade: os bancos tradicionais serão necessários a médio ou longo prazo? A controvérsia está servida.

Além disso, as criptomoedas são responsáveis pelo aparecimento de um novo consumidor que agora é também um investidor. Gerou-se uma espiral cooperativa que à primeira vista pode cheirar a uma bolha para nós, mas que garantiu que durante a pandemia o dinheiro continue a se movimentar. E ainda que todo mundo fala sobre bitcoin, que é a mais conhecida mundialmente, existem dezenas de criptomoedas em circulação no momento e seu preço é realmente vertiginoso.

O perfil do viajante é um dos focos dessas grandes empresas de moeda digital. Companhias aéreas como a Norwegian Airlines Eles aceitam pagamento com Bitcoin há três anos, assim como redes de hotéis ou centros de reservas como Booking que já normalizaram o uso de criptomoedas para os usuários desses sistemas de pagamento. Por outro lado, e embora Os Estados Unidos lideram o número de hotéis que permitem o pagamento com criptomoedas, na Europa essa tendência está ganhando cada vez mais força.

E embora o mundo do entretenimento ainda seja preguiçoso, alguns teatros como o Gran Teatro Príncipe Pío em Madrid ou a Casa do Real Madrid foram abertos ao turismo através do pagamento de Criptomoedas. Eles use o Hermitage em São Petersburgo ou o Great Lakes Science Center, em Ohio, também entrou na onda das moedas digitais. Algo está acontecendo.

FoodCoin a criptomoeda chega ao setor de hospitalidade.

FoodCoin, a criptomoeda chega ao setor de hospitalidade.

COM A GASTRONOMIA CHEGAMOS A

O setor hoteleiro foi o mais atingido durante a pandemia, intervalo de tempo que impulsionou a ascensão das criptomoedas e seu desenvolvimento durante o confinamento tem sido mais do que evidente. Mas isso mudou no verão do ano passado, quando foi realizado no Madrid (e gastronômico) Rua Ponzano em Madrid um piloto com uma criptomoeda criada especificamente para este setor. A “foodcoin” chegou.

No momento não há mais moedas no setor e seu sistema parece estar bem pensado. Começou em vários estabelecimentos de Ponzano, tendo grande aceitação. É assim que ele nos diz Ricardo Marín, CEO e fundador da moeda de comida : “O germe do Foodcoin surge quando um grupo de embaixadores do ThePowerMBA decidiu arregaçar as mangas no primeiro domingo de confinamento para criar uma plataforma de solidariedade e ajudar a indústria da hospitalidade durante o confinamento. Montamos “Adote um bar” para lhes dar liquidez durante o período de confinamento. Foi um sucesso, viralizou e ajudamos muitas famílias”.

Nesse mesmo ano, após centenas de reuniões com hoteleiros, eles criaram o conceito de Foodcoin, a primeira criptomoeda desenvolvida por e para hoteleiros através de um sistema de fidelização. Com esse sistema, o estabelecimento estabelece uma série de descontos por faixas horárias para otimizar sua capacidade. “O usuário paga com nosso cartão Foodcoin e automaticamente algumas moedas são geradas para serem gastas na próxima vez que você voltar. E tudo diretamente pelo dataphone, sem custo para o hoteleiro, sem a necessidade de instalar software, hardware ou qualquer coisa”, explica Marín.

Foodcoin quer se posicionar como a criptomoeda de hospitalidade e seu objetivo é ajudar não só para reter clientes mas também incentivar o consumo em bares e estabelecimentos do sistema. Ricardo brinca com a situação atual: “Acreditamos que é hora de deixar de lado as caixas velhas em que a próxima era grátis para a décima bebida, trocá-la por um novo sistema automatizado e intuitivo que ajudará o hoteleiro a fidelizar e o cliente a economizar um centavo”.

O BILHETE DO RESTAURANTE ESTÁ COM OS DIAS CONTADOS?

E não só o bilhete, mas o cartão restaurante, os vouchers e outras formas de pagamento que para os hoteleiros são uma despesa extra que eles poderiam ter. Ricardo ressalta que grandes empresas que pagam em boletos de diferentes plataformas devem ser feitas para ver seus funcionários como pagamento em espécie, que comissões pagas pelos hoteleiros por esses meios de pagamento são exorbitantes, entre 5% e 10%. Um negócio redondo, mas não para eles.

Obviamente Foodcoin não é gratuito, mas afirmam cobrar comissões muito menos do que as plataformas de pagamento em papel ou entrega. Os benefícios que o Foodcoin pode ganhar Ricardo nos diz que oscilará cerca de 1% ou 2%, dez vezes menos do que no resto das plataformas. “Além disso, estamos pensando que quando lançarmos para negociação, se subir de valor você não pode vendê-lo, você só pode usá-lo dentro dos bares e restaurantes do sistema, então você fecha um círculo em que o setor de hospitalidade é o grande beneficiado.” acrescenta Richard.

Aparentemente próximo abril apresentará um aplicativo para o desenvolvimento desta criptomoeda. Se tudo é assim, ainda parece que o futuro da hospitalidade poderia ter um grande componente digital. Mas claro, o futuro continua a ser visto.

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