Bissau, a tranquila capital da África

Anonim

Sempre que pensamos em África, a primeira imagem que nos vem à mente é a imensidão do continente, dominado pelo Saara ao norte, escoltado pelas terras altas do Quênia, nutrido pelas florestas tropicais da costa atlântica e bem povoada com vida selvagem em uma savana idealizada. Mas, se prestarmos mais atenção às suas singularidades, não é difícil encontrar lugares tão autênticos e desconhecidos como Bissau, a capital da Guiné-Bissau, um dos menores e mais pobres países do mundo, fazendo fronteira com o Senegal ao norte e a Guiné Equatorial ao sul.

Poucos dias serão necessários para descobrir as atrações de Bissau, uma cidade que certamente chegará de passagem – a caminho das paradisíacas Ilhas Bijagós – e, mesmo assim, o impacto será superlativo. Sua riqueza de cores, sua vida nas ruas, seu passado colonial... e aquela sensação de que você é antes uma das capitais mais tranquilas da África.

Mercado Bandim.

Mercado Bandim.

MERCADO DE BANDA

Não espere encontrar souvenirs ou souvenirs turísticos no mercado de Bandim, pois, no mais puro estilo do West African Market, é um ponto de encontro e venda entre os locais. Em um mar de guarda-chuvas coloridos, lotado de um lado e do outro da Avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria, deve ir mergulhando de posto em posto surpreendendo a cada passo com a variedade de produtos com os quais –sem incomodá-lo intrusivamente– eles tentarão te tentar, de um par de sapatos a um quilo de amendoim torrado na hora.

Somente ao atravessar o viaduto você estará ciente, de cima, da agitação incessante e barulhenta da vida africana em movimento: ao longo da calçada, centenas de pessoas olhando a mercadoria –algumas carregando-a na cabeça– e, ao longo da rodovia, dezenas de microônibus azuis e amarelos transportando passageiros. Eles são famosos e estão sempre cheios de gente subindo e descendo, toc-toc.

Vestidos no mercado.

Vestidos no mercado.

Sem dúvida, o Tecidos ‘africanos’ – aqueles que as mulheres bisauguinas usam no dia a dia – Eles serão os que mais chamarão sua atenção com seus trastes, motivos geométricos e cores berrantes. No entanto, se você pesquisar um pouco, descobrirá que na verdade são produzidos na Europa com materiais sintéticos qualidade não muito boa. O que não diminuirá o desejo incontrolável de compartilhar um vestido fabricado no país, com seus cortes únicos e aqueles acabamentos de fantasia alcançado graças à renda vermelha, laranja e amarela.

Na verdade, o pano sagrado das etnias da Guiné-Bissau É aquele que é elaborado de forma artesanal com teares (ou pentes) de madeira e é nomeado panu di pinti Símbolo de prosperidade e proteção, é usado tanto como uma mortalha em funerais como presente em casamentos ou nascimentos. Encontrar este tecido de algodão será muito mais complicado, pois Atualmente são poucos os artesãos dedicados a esta profissão que exige grandes habilidades motoras. e foi recuperada graças ao trabalho de ONGs como a Artissal.

Mulher bisauguina.

Mulher bisauguina.

FEIRA DE ARTESANATO

Você também tem que ter muito cuidado ao visitar o Feira de artesanato de Bissau, uma pequena esplanada composta por pequenas barracas precariamente construídas à sombra de várias árvores nativas. A maioria das máscaras e esculturas em madeira sim, eles são africanos e feitos à mão, mas Eles vêm do vizinho Senegal. Se o que você quer é um produto 100% bisauguine, melhor Vá para oficina do artista plástico Ismael Djata. Como uma galeria de arte, nele vende suas próprias pinturas conceituais, mas também obras de outros pintores do país.

Galeria Ismael Djata.

Galeria Ismael Djata.

BISSAU VELHO

O passado colonial da Guiné-Bissau vive não só na sua língua oficial, o português (não importa o quão quase 50% da população fala crioulo, uma língua crioula de base portuguesa), mas também em sua decadente Bissau Velho, bairro de prédios em ruínas, na maioria dos casos abandonados.

Varandas e grades do corredor lembram esse tipo de arquitetura que, de Portugal, atravessou os oceanos para deixar uma pegada patrimonial que, embora a priori pareça indelével, em Bissau está prestes a desaparecer se nenhum governo ou agente internacional decidir intervir.

Na verdade, entre poucos edifícios reabilitados, você só vai encontrar uma concessionária de carros descontextualizada e os incompreendidos Casa dos Direitos, um espaço de diálogo voltado para a sociedade civil que ocupa o antigo presídio do bairro colonial.

Bissau Velho.

Bissau Velho.

LOCAIS DE INTERESSE

Para chegar a Porto Bissau, é preciso deixar para trás o Fortaleza de São José da Amura, com as suas enormes muralhas fortificadas, guardada por ocasionais canhões originais do século XVIII que nos lembra, com a sua presença, a importância militar do edifício (que, aliás, ainda hoje mantém a sua sede). No seu interior encontra-se o mausoléu de Amílcar Cabral, pai da independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde.

Outros lugares interessantes para visitar – ainda que apenas de fora – são o prédio dos Correios, o Palácio do Planalto, a Câmara de Comércio de Bissau (do perfeccionista arquiteto português Jorge Ferreira Chaves), a Catedral de Nossa Senhora da Candelária e a Mesquita Attadamun.

Catedral de Bisu.

Catedral de Bissau.

No área portuária de Pidjiguiti, onde ocorreu o grande massacre que deu origem ao conflito armado e posterior independência da Guiné-Bissau em 1959, irá encontrar a monumento em homenagem às vítimas: Mão de Timba, a 'mão morta' ou 'mão negra', punho erguido contra a dívida contraída pelos portugueses.

Este lugar está se tornando cada vez mais popular nas redes sociais porque tanto as escadas de acesso quanto as paredes próximas foram pintado em cores brilhantes. Porque nada mais, mas arte de rua na cidade você encontrará em todos os cantos, lembrando a você, com sua mensagem marcante e visual, que África ainda tem muitas coisas a dizer, E não apenas na arte.

CADERNO DE VIAGEM

Como conseguir: A empresa TAP oferece três voos semanais (a viagem demora pouco mais de quatro horas) de Lisboa a Bissau, capital da Guiné-Bissau. Da Espanha tem nove rotas (com 130 voos semanais) liga os aeroportos de Madrid, Barcelona, Málaga, Sevilha, Valência, Bilbau, Gran Canaria, Tenerife e Fuerteventura com Lisboa. Recomendamos que você reserve um bilhete de negócios, para aceder às áreas VIP dos aeroportos de Lisboa e Bissau.

Onde dormir: O hotel Royal Bissau é a melhor opção da cidade. Dos quartos dos seus pisos superiores, bem como dos seus terraço com piscina e bar, você poderá ver o porto e os telhados avermelhados da arquitetura local, que parecem combinar com a cor argilosa do solo.

Onde comer: No restaurante Coqueiros, sua proprietária, Isabel, serve Petiscos portugueses à base de marisco e peixe local da melhor qualidade.

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