Como lidar com a ansiedade quando voltamos a viajar?

Anonim

ansiedade e viagens

ansiedade e viagens

Quase doze meses depois daquele 14 de março e com um vislumbre esperançoso da saída da terceira onda, muitos especialistas afirmam que É agora que estamos mentalmente mais cansados. Desde o início de 2021 uma ansiedade generalizada se instalou na população e há muitas pessoas que têm pensamentos negativos passando por suas cabeças, onde regra do medo e da incerteza.

Mas, como tudo, chegará o dia em que pouco a pouco os contágios se reduzirão a níveis muito baixos, as vacinas nos dão a trégua que tanto procuramos E com o passar dos meses a chamada velha normalidade será um pouco mais real. Agora, como lidamos com isso?

Se atualmente tarefas como ir ao supermercado, ir ao escritório, ir de transporte público ou encontrar um pequeno grupo de parentes, em inúmeras ocasiões tornam-se uma verdadeira odisseia para a nossa saúde mental… Qual será a hora de viajar novamente? Especialistas na área e globetrotters com grande experiência ** nos dão seu ponto de vista sobre o assunto. **

Somos heróis ou pessoas normais com medo

Somos heróis ou pessoas normais com medo?

** DO QUE TEMOS MEDO? **

A ansiedade pode ser definida como "o estado de espírito caracterizado por grande inquietação, intensa excitação e extrema insegurança." A incerteza, o medo do contágio, tanto nosso quanto de nossos entes queridos, e a instabilidade emocional diante dessa nova normalidade onde carinho, beijos e nossa vida de antes parecem apenas uma miragem do passado, fez com que **( finalmente! !) Vamos dar à saúde mental a importância que vem merecendo há décadas. **

“Fomos submetidos por um período prolongado a processos de superinformação com questões relacionadas à pandemia. Neste caso a ansiedade tem um papel protetor, mas que muitas vezes as pessoas eles interpretam de uma maneira mais ameaçadora do que realmente deveria ser", Cristina Larroy, professora de Psicologia Clínica da UCM e diretora da Clínica de Psicologia da Psychall, conta ao Traveler.es.

Em quanto a principais medos ao viajar os mais frequentes são os seguintes: “Por um lado há o medo do contágio, se a doença se desenvolve fora de casa ou se o contágio ocorre durante a viagem e que na volta é impossível retornar ao trabalho ou na pior das hipóteses, a doença é transmitida a um ente querido, acrescenta Cristina Larroy.

“Na consulta e no meu ambiente vejo que em geral O medo de infectar parentes predomina entre os mais jovens. E nas pessoas mais velhas há também a medo do autocontágio”, comenta por sua vez Pepa Sánchez, psicóloga, coach, formadora e criadora do portal Viajes Terapéuticos.

A ilustradora e calígrafa Laura Velasco – grande fã de escapadas ao redor do mundo – nos conta que Antes da pandemia, eu viajava entre dois ou três finais de semana por mês. Durante um ano, suas saídas foram mais do que limitadas e a ansiedade tem sido apresentada como a grande companheira de viagem que ninguém gostaria de ter.

“Nunca tive ansiedade de viajar antes, na verdade adoro descobrir lugares novos ou visitar lugares antigos. Toda vez que fiz algo nos últimos meses Eu senti isso e acho que no futuro certamente vou enfrentá-lo sem hesitação”, diz ao Traveler.es.

“Por um lado, apresenta a emoção da viagem que eu sinto tanta falta e a mudança de cenário que está um nível de evasão infinitamente maior do que você pode ter em casa e sinto muita falta de ver outros lugares, outros lugares diferentes. mas ao mesmo tempo tenho medo de sair da minha zona de conforto onde pessoas ou situações me fazem sentir insegura. É aí que o medo e o nervosismo entram em jogo", continua Laura.

A ilustradora e calígrafa Laura Velasco.

A ilustradora e calígrafa Laura Velasco.

APRENDENDO A VIVER COM ANSIEDADE

Uma vez analisados os principais medos, é hora de encarar a situação com a melhor das intenções. Porque sim, voltaremos a viajar assim que a situação sanitária o permitir. Podemos fazê-lo com menos frequência, mas faremos melhor. Vamos selecionar nossas escapadas futuras e sentiremos essa adrenalina novamente ao pisar em terras desconhecidas, ao visitar o museu de plantão, experimente uma receita diferente em um restaurante de passagem, vendo aquele pôr do sol à mais pura síndrome de Stendhal, respirar ar puro num ambiente rural ou simplesmente sentir o mar novamente

Mas, como lidar com essa ansiedade feliz que está se tornando cada vez mais recorrente? O primeiro passo é aceitar que eliminá-lo não acontece da noite para o dia e que devemos aprender a lidar com ela em todas as suas formas e apresentações. Além – é claro – de procure ajuda profissional de especialistas no assunto Junte-se a nós neste processo.

Voltaremos aos museus e sofremos da síndrome de Stendhal.

Voltaremos aos museus e sofremos da síndrome de Stendhal.

RECOMENDAÇÕES

Concluídas essas etapas, Laura Velasco, Cristina Larroy e Pepa Sánchez nos dão suas recomendações **para as futuras viagens que ainda estão por vir: **

· Concentre-se em planos próximos no tempo e em destinos não muito distantes de nossos locais de residência. “O curto prazo é mais facilmente previsível e não nos expõe tanto a mudanças constantes e descontrole. Isso favorecerá o sucesso e assim a ilusão se manterá até o momento da fuga”, diz Pepa Sanches.

· Tampouco devemos nos apegar à frase banal desses últimos 12 meses de 'quando tudo isso acontecer'. “Isso já faz parte da nossa vida e há muitas possibilidades no agora. Recomendo priorizar momentos para o autocuidado e fazer atividades que nos façam sentir bem”, continua a sugerir o criador do portal Viagens Terapêuticas.

Ambiente rural

Ir à cidade não é uma má ideia...

· Procurar lugares que não estão superlotados e em que você sabe que as medidas de segurança são seguidas na medida do possível. “No meu caso, priorize o espaço, talvez em vez de uma grande cidade prefiro um ambiente mais rural”, comenta Laura Velasco.

· Seja cauteloso, mas sem ficar obcecado com a situação, aprenda a Diferencie os perigos reais dos inventados para ansiedade.

· Não faça coisas nas quais a pessoa não se sinta confortável. “Por mais que os outros estejam fazendo alguma coisa, se você não se sente seguro, não há necessidade de fazê-lo”, indica Laura Velasco.

· Durante a viagem e uma vez no destino, tenha em mente os mecanismos de distração que podem ser favoráveis para reduzir essa ansiedade. "Ler, ouvir música ou colocar em prática instrumentos de relaxamento são as opções mais recorrentes", comenta Cristina Larroy.

'Please Be Seated' convida você a ler, comer ou apenas descansar nele

Ler ou ouvir música são as opções mais recorrentes.

VIAJAR COM RESPONSABILIDADE É POSSÍVEL

Sobre tudo, é de vital importância ter empatia e entender a ansiedade como um problema de saúde mental. Preocupar-se com o estado e bem-estar dos clientes ou do viajante que temos ao nosso lado será essencial para tornar este processo muito mais suportável.

E chegará o dia em que, como nos lembra Laura Velasco, "começaremos a viajar quando for possível e sentiremos essa ansiedade, mas também experimentaremos esse prazer, o prazer absoluto que esquecemos agora. Seremos mais seletivos e cuidadosos ao nos movermos, mas Vai compensar."

Afinal, temos tanto tempo e experiências para recuperar…

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