Estamos chegando

Anonim

MasMarSailing

Estamos chegando

Lembro-me dos tempos, eram tantos, que Atravessamos Guadarrama em direção a Madri com um ritual quase imutável: enquanto meus pais acendiam aquelas fitas de Simon & Garfunkel e Mocedades, minha irmã e eu estávamos contando os segundos até vislumbrarmos a luz, a luz no fim do túnel.

Não era tanto uma questão metafórica quanto real, pois na maioria das vezes, a densa neblina de Castela desaparecia depois de deixar as montanhas para trás. Agora é outro túnel que todos estamos atravessando, maldita escuridão, mas da mesma forma contamos cada segundo (foram milhões, foi eterno) confiando em uma luz que finalmente, embora tímida, aparece.

Sim, estamos chegando.

No fecho destas páginas, a Autoridade Independente para a Responsabilidade Fiscal previu que nos despediremos de 2021 com uma recuperação entre 60 e 70 por cento dos visitantes estrangeiros. Eu desejo. Eles tomam como referência aquele já distante e fenomenal 2019 em que a Espanha bateu seu sétimo recorde consecutivo ao receber 83,7 milhões de viajantes. Na época, nos gabamos de ser o segundo país mais visitado do mundo, atrás da França e seguido pelos Estados Unidos, segundo dados da OMT. Hoje é hora de remar juntos para que o pódio volte ao seu ser, para chegar até o degrau mais alto.

Da Condé Nast Traveler já o estamos a fazer, com humildade mas conscientes de que somos o orador de media mais relevante do setor, porque nossa maneira única de entender –e contar– as viagens como parte de um estilo de vida também deve servir para ser parte ativa de um debate necessário.

Por isso, nos dias 11, 12 e 13 de maio celebraremos a segunda edição do Condé Nast Traveler Conversations, um fórum de ideias em que colocaremos sobre a mesa os novos desafios das viagens de negócios e analisaremos paradigmas recentes como o nomadismo digital, a socialização, o desenvolvimento de destinos inteligentes e staycations, ou o que dá no mesmo, ficar de férias a dois passos de casa para impulsionar a economia local.

São muitas perguntas e pretendemos resolvê-los a partir do otimismo com que sempre percorremos cada túnel. Porque há luz. Aí está aquele que ilustra nossa capa, a história simples e emocionante de uma família que transformou um barco em sua casa e também em um pequeno empreendimento turístico.

O sol também brilha nas páginas dedicadas à Macaronésia, aquele conjunto de arquipélagos que raramente chamamos pelo nome e que agora, de repente, parece um paraíso próximo. Tudo brilha, você vai ver. Então vamos lá, ligue aquela música favorita, imagine sua grande jornada e olhe para o fim do túnel. Sim, estamos chegando.

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