Mirante do Madadá e sua arquitetura biomimética em forma de sementes

Anonim

Estruturas em forma de sementes no hotel Mirante do Madad Brasil.

Estruturas em forma de semente no hotel Mirante do Madadá, Brasil.

Sob o título Como vamos viver juntos? (Como vamos viver juntos?), a 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza se concentrou este ano em buscar soluções para os problemas atuais do planeta, como divisões políticas, desigualdades econômicas e desequilíbrio ambiental. Um apelo global ao qual os arquitetos responderam com propostas tão marcantes e sustentáveis como o novo hotel Mirante do Madadá , projetado pelo Atelier Marko Brajovic.

De frente para o Parque Nacional de Anavilhanas, no Brasil, este complexo turístico localizado às margens do rio Negro oferecerá aos viajantes um imersão total no meio ambiente e sua biodiversidade –sempre em comunhão com as comunidades locais– através uma arquitetura biomimética e bem-estar e experiências ao ar livre no meio da selva.

Na Casa Coletiva haverá uma piscina infinita.

Na Casa Coletiva haverá uma piscina infinita.

DIÁLOGO COM A NATUREZA

As estruturas em forma de semente foram organicamente organizados no espaço pelo estúdio, que se apoiou na topografia do terreno e respeitou a vegetação local existente, apenas ligeiramente intervencionada pelo Estúdio Clariça Lima, que concebeu paisagismo visualmente permeável e confortável.

O diálogo entre espaços abertos e fechados será fluido graças ao design de os módulos arquitetônicos, que se misturam com o ambiente, imitando a aparência das cabeças, o estruturas usadas pela natureza para proteger os órgãos das plantas.

A recepção, o concierge, o bar, o restaurante, o lounge, os espaços expositivos e a piscina infinita vão ocupar o espaço Casa Coletiva, que olha de um lado para o rio e do outro para a selva, e será conectado 12 quartos através de uma série de passarelas.

Mirante do Madad terá um pontão instalado no Rio Negro.

Mirante do Madadá terá um pontão instalado no Rio Negro.

Haverá também trilhas distribuídas por toda a propriedade que levarão a o ponto mais distante do hotel: a Casa de Cura, um espaço inspirado nas formas da Victoria ou Victoria Regia amazônica (um nenúfar com grande destaque na mitologia das culturas antigas) em que serão desenvolvidas aulas de yoga, massagens e banhos ayurvédicos e servirão como local de encontro com as lideranças indígenas da região.

O design de interiores dos quartos ficará a cargo da **arquiteta Marília Pellegrini** e todos os detalhes do projeto arquitetônico são inspirados em elementos naturais e culturais da região, "entrelaçando signos e significados, texturas e materiais, percepções e caminhos".

O Mirante do Gavião do Atelier O'Reilly é sua propriedade irmã.

O Mirante do Gavião, do Atelier O'Reilly, é o seu alojamento irmão.

Projeto irmão do Mirante do Madadá, o Mirante do Gavião Lodge, projetado pelo Atelier O'Reilly, também está presente na Bienal como parte da exposição Time Space Existence, no âmbito da pré-lançamento da Bienal AMA + ZÔNIA 2022: um fórum internacional que reunirá artistas e profissionais em um intercâmbio técnico-científico que buscará desenvolvimento econômico e sustentável da região.

Porque como Marko Brajovic afirma: “A Amazônia é o lugar onde se discute o futuro do planeta e o objetivo é lançar luz sobre essas iniciativas e colaborações que apresentam possíveis formas de convivência. Nosso propósito é falar sobre a Amazônia de forma positiva e construtiva, apresentando nossas criações que estão simbioticamente integradas ao ecossistema natural e cultural da região”.

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