'Diga-me quem sou', o percurso histórico de Irene Escolar

Anonim

me diga quem sou eu

Uma viagem temporária.

Quando Escola Irene leia pela primeira vez Diga-me quem eu sou, pensou o mesmo que muitos outros: "Não sei se isso vai poder ser trazido para a tela, tudo o que aconteceu, o número de países por onde viajei por tanto tempo... Parecia uma produção tão complexa e ambiciosa." explica a atriz, Prêmio Goya por Um Outono Sem Berlim (2015).

Ela foi provavelmente uma das primeiras a ler o romance de Julie Navarro, porque a escritora sempre a teve em mente e a levou para o lado pessoal, esperando que um dia a atriz desse vida à sua protagonista, Amélia Garayoa, "uma mulher profundamente imperfeita, que está crescendo, aprendendo e buscando sua identidade" ao longo desta jornada que se estende por cinco décadas e percorre oito países.

O produtor José Manuel Lourenço Ele também se apaixonou por esse romance histórico, como muitos, ele o via como ambicioso, mas decidiu transformar a ambição em uma realidade, ainda que complexa: o fácil seria filmar por cenários, cenários, entrar em um navio que aos poucos se transformaria em Moscou, Madri, Buenos Aires… A parte difícil, mas que daria à série um cenário que combinasse com o arco emocional de seu protagonista, era encontrar “configurações naturais que lembrarão cada um dos tempos e cidades”. Dito e feito, não sem muito esforço.

‘Diga-me quem sou o percurso histórico da Irene Escolar

Os nove episódios de Diga-me quem sou exige um ano de pré-produção: procurar esses cenários naturais em toda a Espanha e no estrangeiro, escolher atores de cada nacionalidade (russo, alemão, inglês, espanhol...), desenhar a intervenção desses verdadeiros lugares para transformá-los em outros de outra época… Naquela época, enquanto Irene Escolar trabalhava com o diretor Eduardo Cortes e cada um dos atores do roteiro em detalhes, para ir além dos fatos, o emocionante enredo de suspense e mergulhar nas emoções dessa jornada de identidade de que o título fala: Amelia Garayoa não para porque a cada passo ela descobre algo mais sobre si mesma... "Ela foi predestinada para um tipo de vida e cortando tudo o que ela tem para enfrentar a vida real, sem nada para protegê-la e profundamente sozinha, Parece-me um ato de grande coragem, embora em muitos momentos seja muito egoísta, ela é inocente e caprichosa e ao mesmo tempo acho que tem muita força, e a admiro por isso”, diz a atriz de sua personagem.

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Entre as cinzas da Grécia... ou Antígona.

DA ESPANHA A BUDAPESTE

"A série começa em Madrid, viaja para Buenos Aires, Moscovo, Londres, Polónia, Berlim, Itália, Grécia... regressa a Berlim e, no final, regressa a Espanha", Lawrence resume tudo. “A realidade daqueles espaços teve que ser construída porque obviamente é impossível filmar em todos aqueles lugares”. Onde eles os encontraram? Nos lugares menos suspeitos.

Começaram com Madrid e Segóvia. Amelia Garayoa vive em Madrid, na época da Segunda República começa a série. A cidade senhorial, de acordo com seu status, é vista, diante de uma Madri mais revolucionária, mais em luta. No entanto, a cena do motim que coincide com o casamento deles, a entrada na igreja, foi filmada em a catedral de Segóvia (embora o interior da igreja estivesse em Madrid).

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O casamento de Amélia.

No Palácio de Boadilla del Monte, que está em reconstrução, montaram o interior de as casas do gueto judeu em Varsóvia, as favelas para onde Amelia vai com vários companheiros para levar remédios e comida clandestinamente. A parte externa do gueto polonês e também as ruas de Varsóvia que destruíram, porém, encontraram em Budapeste.

A capital húngara já é uma das cidades mais utilizadas pelo cinema e pela televisão, sua história e grandiosidade dão muitas possibilidades: “Da era do esplendor à da Imperatriz Sissi, Budapeste tem uma grande capacidade de lazer, há áreas que parecem Paris, uma cópia carbono do parlamento inglês, o gueto judeu, tínhamos muitos palácios desabitados, onde podíamos entrar e intervir na sua totalidade”, diz José Manuel Lorenzo.

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As ruas congeladas de Moscou... em Budapeste.

Lá eles também recriaram as ruas nevadas e geladas de Moscou, por onde Amelia viaja depois da quente Buenos Aires, que encontraram em Madri: de seu antigo porto real e virtualmente reimaginado no Matadouro, para ruas no centro de ambas as cidades que se parecem.

Também colocou Berlim em Budapeste, antes e depois da Segunda Guerra Mundial, até as cenas em que construíram parte do muro que vai separar Amelia, já mais velha, do resto do mundo. Embora antes disso, ainda lhe dará tempo para ir para a Toscana, para se refugiar com sua amiga, a diva do bel canto, Carla. Eles realmente foram para a Itália? Não, eles filmaram em Toledo, nossa Toscana. E em Alicante, em Castelo de Santa Bárbara Eles colocaram os nazistas em seu comboio grego.

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O porto de Buenos Aires... ou Matadero?

“O mundo do cinema...” Lorenzo suspira. “Não gosto de descobrir todos os truques de mágica. Prefiro que o público nunca deixe de sentir que está em Buenos Aires, Madri ou Moscou. Os truques de mágica exigem muito trabalho, muita visão artística e habilidade para poder construir espaços e fazer você acreditar, como um ilusionista, que o que está acontecendo é real”.

Diga-me quem sou estreia em 4 de dezembro na Movistar +

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José Manuel Lorenzo e Irene Escolar.

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