Dez dicas de segurança antes de viajar para o Rio de Janeiro

Anonim

Dez dicas de segurança antes de viajar para o Rio de Janeiro

Não há motivos sérios para se preocupar

1) COLOQUE AS COISAS NO SEU LUGAR

As cenas de guerra que são vividas em muitas favelas e que enchem os noticiários da televisão acontecem em subúrbios distantes das áreas turísticas. Os bairros da zona sul (que vai do centro ao Leblon) são uma bolha de segurança em relação ao que acontece na periferia. Além disso, durante os Jogos Olímpicos a cidade será blindada: 85 mil agentes, entre militares e policiais, formarão o maior dispositivo de segurança da história das Olimpíadas.

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Os bairros de Ipanema e Leblon, uma bolha de segurança

2) IMITAR O CÓDIGO DE VESTUÁRIO CARIOCA

Para evitar roubos, esconder ao máximo a condição de estrangeiro sempre ajuda. Embora o visual de Ibiza seja ideal para fotos ao pôr do sol em Ipanema, sempre será melhor usar chinelos de borracha (Havaianas são uma instituição carioca) do que elegantes sandálias esparto. Os saltos podem ficar na Espanha sem problemas. Relógios, colares e brincos também. O puxão do cordão dourado é um clássico entre os assaltos. É melhor levar apenas dinheiro suficiente para passar o dia e copiar uma técnica muito internalizada pelos cariocas: guarde a maior parte do dinheiro em suas partes íntimas e leve cerca de 20 ou 50 reais no bolso para poder oferecê-los em caso de roubo.

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Regra de ouro: menos é mais

3) EVITE ALGUNS BAIRROS EM ALGUMAS HORAS

Copacabana, Ipanema, Leblon e Barra de Tijuca (onde fica o principal parque olímpico) concentram a maioria dos hotéis e são bairros muito seguros. Santa Teresa é um bairro charmoso com alma boêmia e casas senhoriais aninhadas entre as colinas, mas os recantos de suas ruas tranquilas são o refúgio ideal para ladrões. Nos últimos meses, o número de assaltos à mão armada cresceu. Para evitar riscos, é melhor ir durante o dia e não se afastar muito do eixo Largo do Curvelo-Largo dos Guimarães, a área mais movimentada.

O centro histórico é uma cidade fantasma nos finais de semana , quando fecham os escritórios que o enchem de vida durante a semana. Embora seja preferível visitá-lo de segunda a sexta-feira, durante os Jogos Olímpicos a situação será um pouco diferente porque a prefeitura pretende concentrar todo o “espírito olímpico” aqui: entre a praça XV e a praça Mauá estarão localizadas as fanzones , com telões gigantes, shows e uma ampla oferta de lazer, por isso a região deverá ser um formigueiro 24 horas por dia.

4) NÃO TENHA MEDO DO TRANSPORTE PÚBLICO

O metrô do Rio de Janeiro é muito confiável e nos ônibus o principal risco é cair em um dos patins a 80 por hora que os cariocas tanto gostam. Não precisa se preocupar muito, mas No ônibus, se você estiver sentado perto de uma janela, é melhor não pegar o celular. Não será a primeira vez que, aproveitando um engarrafamento, um ladrão salta da rua e o leva embora em milissegundos. Os táxis oficiais (amarelo com uma faixa azul) também são seguros e para um turista podem ser uma opção melhor do que os carros Uber : Apesar de serem bem mais baratos, estão cheios de motoristas inexperientes que não conhecem as ruas.

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Eles te tiram de problemas a qualquer momento

5) NÃO SE PERDE NA PRAIA

A principal obrigação de qualquer turista no Rio é colocar os pés na areia. É ótimo tirar uma soneca ao som das ondas, mas não se perca com suas malas e mochilas. Um fenômeno típico de praia é o arrastão: Consiste em uma debandada de jovens ladrões que se coordenam para correr ao mesmo tempo e levar tudo o que pegam em seu caminho. O fenômeno dá para um estudo antropológico: percebendo o que está acontecendo, muitos banhistas começam a correr desorientados em todas as direções, o que alimenta ainda mais o caos. Em caso de arrastão você tem que fazer como o Simba quando todos aqueles gnus o atropelaram. Fique quieto e espere a tempestade passar. Normalmente é só um susto. Além disso, esse tipo de roubo é mais comum nos domingos de verão, quando não há espaço para um alfinete na praia. (Embora possa não parecer, os Jogos são realizados no meio do inverno).

6) VISITE AS FAVELAS, MAS SEM CONFIAR

Visitar uma favela tornou-se uma opção turística desde que um ambicioso processo de 'pacificação' foi lançado em 2008 para afastar traficantes de drogas construindo bases policiais permanentes. As favelas do Santa Marta, da Babilônia e sobretudo do Vidigal conseguiram se 'pacificar' e estão repletas de hotéis, pousadas e restaurantes para turistas. Mas também não devemos confiar: nos últimos meses houve um aumento da violência e os tiros voltaram a ser ouvidos, embora sempre de forma muito isolada. De qualquer forma, é sempre preferível ser acompanhado por um local. Muitas agências e cooperativas de moradores das próprias favelas organizam visitas guiadas.

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A favela de Santa Marta

7) COMO REAGIR EM CASO DE ROUBO?

No Rio de Janeiro os roubos são feitos com descaramento. Na verdade, o conceito de um carteirista furtivo não é tão comum quanto na Europa. A maioria dos ladrões prefere confrontar suas vítimas cara a cara e, em muitos casos, ameaçá-las brandindo armas. O que fazer então? Erro. Resistir? Erro. Usar aquela técnica de autodefesa que você aprendeu na academia? Pior ainda. Infelizmente, a única opção é dar tudo e resignar-se. Qualquer tentativa de resistir pode acabar muito mal. A maioria dos assaltantes estão armados, em muitos casos ficam nervosos porque estão sob efeito de drogas e não pensam duas vezes antes de atirar. É melhor manter a calma e entregar tudo rapidamente. **Para fazer a denúncia correspondente, é aconselhável dirigir-se à Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deap)**, em frente ao Shopping Leblon, onde há policiais que falam vários idiomas.

8) E EM CASO DE TIRO?

É muito raro um turista ser morto a tiros só porque estava 'passando'. Infelizmente, essa é de fato uma rotina diária para centenas de milhares de cariocas que vivem na periferia, onde balas perdidas causam estragos. Na zona turística do sul, quase não se ouvem tiros e quando há tiroteio é devido a confrontos entre facções rivais do tráfico, normalmente em locais inacessíveis no topo das colinas. Caso ouça tiros (não confundir com bombinhas, muito comuns nas favelas) Você tem que procurar abrigo e deitar no chão , caso uma bala perdida atravesse janelas ou portas.

9) O MOSQUITO ZIKA, UM MEDO INFUNDADO

A maioria dos cariocas observa com descrença o alarmismo gerado por alguns atletas que desistiram de viajar para o Rio de Janeiro por medo do Zika vírus. Na cidade a situação é absolutamente normal e as pessoas deixaram de comprar repelente de mosquitos por meses. O número de infectados caiu drasticamente com a queda das temperaturas e com eles a proliferação do temido Aedes Aegypti (que deu origem a algumas das melhores fantasias do último carnaval). A Organização Mundial da Saúde também negou qualquer problema e apenas recomenda que as gestantes evitem viajar ao Brasil.

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O carnaval, uma oportunidade de conscientizar

10) ANDAR SEM MEDO E USAR O BOM SENSO

Em vez de insetos ou balas, os turistas de primeira viagem ao Rio terão que se concentrar em preocupações aparentemente mais mundanas: acidentes de trânsito ou as fortes ondas do Atlântico também matam pessoas e não ocupam as primeiras páginas dos jornais. Pode parecer assustador ler tudo de uma vez, mas usando o bom senso tudo vai correr bem. A pior lembrança da maioria dos turistas não vai além de uma ressaca depois de confidenciar nas capirinhas. Além disso, se a chamam de 'Cidade Maravilhosa', será por um motivo.

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Cuidado com as ondas que o Atlântico passa

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