Como lidar com o cansaço pandêmico de que todo mundo está falando?

Anonim

Amo de verdade

Amo de verdade

Sabíamos que esse momento chegaria mas ninguém nos preparou para isso. Em plena segunda onda do coronavírus, muitos já estão falando sobre o fato de **a terceira onda que ainda está por vir desta vez será psicológica. **

Ao contrário de março, quando esta situação nos pegou desprevenidos e houve força para os aplausos às 20h, as videochamadas à tarde, as receitas de bolo ou as aulas de ioga da sala; É agora que a população está muito mais cansada, sem esperança, triste e desmotivada.

A principal razão? A inexistência de data limite para restrições, infeções, distanciamento social, máscaras ou gel hidroalcoólico, o que só piora as emoções negativas que condicionam o dia a dia. para não mencionar as repercussões económicas, sociais e pessoais que esta crise sanitária está a ter nas pessoas.

Mãos

A situação atual supõe uma mudança e, além disso, uma não escolhida voluntariamente

Os sentimentos estão lá há meses, mas foi só agora que a OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu nome e sobrenome esse distúrbio que mais e mais pessoas estão experimentando: fadiga pandêmica.

Todo esse tempo se sentindo assim e finalmente a mais alta agência de saúde especializada em nível global chegou para nos dizer que não estamos sozinhos nisso.

Mas em que consiste exatamente a chamada 'fadiga pandêmica'? E o mais importante de tudo, Quais são as chaves para lidar com isso da melhor maneira possível? Especialistas na área respondem!

Máscara facial

A incerteza do “novo normal”

DEFININDO A FADIGA PANDÊMICA

“A fadiga pandêmica é um transtorno já catalogado pela Organização Mundial da Saúde e que consiste em as consequências de ter sido submetido a um período de estresse de longo prazo. Quando experimentamos esse tipo de emoção por muito tempo, o que acontece é que nosso corpo cansa, enfraquece e começamos a ter comportamentos que não são apropriados para nosso corpo ou nossa mente” , diz Traveler.es **Cristina Larroy, Professora de Psicologia Clínica da UCM e diretora da Clínica de Psicologia da Psychall. **

“O estresse em formas moderadas nos ajuda a atingir metas que, de outra forma, não alcançaríamos. O que acontece é que não podemos ficar com tanta ansiedade e nervosismo por tanto tempo. Chega um momento em que nosso cérebro está exausto e não sabe como responder, o que quer que façamos não podemos sair do que está chegando e no final tudo isso termina em um problema psicológico ou de saúde mental. E é exatamente o que está acontecendo com muitas pessoas hoje”, continua.

Como lidar com a ansiedade gerada pela crise do coronavírus

Como combater a fadiga pandêmica?

É quando sentimentos como cansaço, desesperança, fadiga, depressão, ansiedade, tédio e até em alguns casos eles experimentam pensamentos de ideação suicida.

“Vivemos esperando o fim de todas as medidas restritivas, e pensamos continuamente naquele futuro em que tudo volta a ser como era antes e, como não chega, a desmotivação, a tristeza e a relutância afetam nossa mente e saúde física. Vivemos envoltos em uma espécie de desespero incessante por tudo o que perdemos e não voltamos, e isso é vivido como um processo de luto”, completa a psicóloga e sexóloga Judith Viudes.

Fadiga

A terceira onda que ainda está por vir desta vez será psicológica

LIDANDO COM ESTA SITUAÇÃO DA MELHOR FORMA POSSÍVEL

Assim como aconteceu durante o confinamento, Há uma série de orientações ou recomendações propostas por especialistas para gerenciar esses sentimentos da maneira mais suportável, dentro da complexidade do assunto.

A primeira grande recomendação é viver no presente, o futuro virá. Em uma sociedade que vivia com mil tarefas tanto a curto, médio e longo prazo, essa crise de saúde tinha que vir para nos fazer parar e dar um giro de 180º na nossa rotina como a conhecíamos.

Agora é hora de se adaptar para não olhar além do dia a dia e aproveitar os pequenos prazeres que a vida nos proporciona, seja uma pequena reunião de comitê com a família ou amigos, abrir aquela garrafa de vinho, passear no parque, ler um bom livro ou jantar em seu restaurante favorito.

Estrada revolucionária

Estrada Revolucionária (2008)

“Temos que tentar focar nossa atenção no presente, no que temos, no que podemos controlar, no que podemos intervir. E embora esta seja uma longa sucessão, entenda que o fim virá, mas não agora. Aceitar o que estamos vivenciando é um processo, e cada pessoa vivencia e desenvolve de uma forma diferente”, diz Judith Viudes.

Devemos também ter muito cuidado com sobrecarga de informação nestes tempos de pandemia. “É aconselhável fazer uma desintoxicação informativa e não nos sobrecarregarmos com informações relacionadas ao coronavírus, além de selecionar muito bem as fontes informativas", Judite continua.

"Desconectar-se disso é importante para poder se conectar com nós mesmos e com nossa vida, porque se não aprendermos a administrar todos esses pensamentos catastróficos e destrutivos, eles acabarão agravando nossa saúde mental”, recomenda a especialista em psicologia e sexologia Judith Viudes.

Comer Rezar Amar

Comer Rezar Amar (2010)

E o mais importante de todos: manter hábitos e rotinas saudáveis que beneficiem tanto nosso corpo quanto nossa mente com a intenção de criar um equilíbrio emocional, em harmonia com o meio ambiente e consigo mesmo. Tanto Judith Viudes quanto Cristina Larroy propõem:

-Defina um rotina de sono (dorme em média 8 horas por dia).

-Carregue um alimentação saudável.

-Fazer exercício moderado e se possível ao ar livre.

-Tanto quanto deveríamos verifique as notícias uma ou duas vezes por dia.

-Procurar atividades e hobbies que achamos agradável.

-Manter contato com pessoas próximas É de vital importância ter sempre em conta as recomendações que a Saúde impõe em todos os momentos e ser responsável em todos os casos.

-Procurar um slot por dia para si mesmo é muito importante.

E se enfrentarmos uma crise momentânea onde a ansiedade não nos deixa ver além? “Quando temos um ataque de pânico ou muito estresse, devemos realizar tudo o que aprendemos anteriormente, sejam exercícios de respiração, meditação ou mindfulness”, indica Cristina Larroy.

E, claro, se chegar o momento em que vemos que tudo isso está além de nós, devemos pedir ajuda aos profissionais. “Afinal, as pessoas não precisam ser treinadas ou ser especialistas em saber lidar com as consequências desta tremenda situação como a que se abateu sobre nós”, continua o Professor de Psicologia Clínica da UCM e diretor do Clínica de Psicologia do Psíquico.

Respire, pratique a atenção plena

Respire fundo: pratique a atenção plena

A IMPORTÂNCIA DE DAR À SAÚDE MENTAL O VALOR QUE ELA MERECE

Esta pandemia não fez nada além de criar incerteza a cada passo que damos, Mas se podemos afirmar algo com clareza, é que chegou a hora de dar à saúde mental a importância que ela vem reivindicando há séculos. e é hora de destacar as deficiências deste sistema, não só na Espanha, mas em muitas partes do globo.

Como indica Judith Viudes: “Este contexto que vivemos tornou-se um fator chave para que a população entenda a importância da saúde mental na vida das pessoas, pois é a base do nosso bem-estar”.

“A atenção que tem sido dada a ela em nosso sistema tem sido terrível, não há profissionais suficientes, nem recursos adequados à demanda social. Atualmente, com essa crise sanitária, todo esse desgoverno veio à tona com mais força e as solicitações para esse serviço se multiplicaram, e ao invés de restabelecer e se adaptar, a medicação continua sendo utilizada como única solução para os problemas do paciente, pois se fosse uma panacéia", continua Judith Viudes.

fadiga pandêmica

O que é fadiga pandêmica e como lidar com isso?

"Precisamos de menos pílulas e mais terapia. Precisamos urgentemente de uma reciclagem precisa do sistema de saúde mental em nosso país”, conclui.

A próxima onda do coronavírus que devemos tentar prevenir é a psicológica, um que afeta diretamente nossa saúde mental. Para garantir que não fique neste 2020, mas que abra um precedente para tudo o que está por vir.

Diga adeus à estigmatização e acolha a aceitação de que devemos colocar no mesmo nível a saúde do corpo e da mente. Nós vamos conseguir? Podemos começar colocando em prática agora mesmo.

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